quarta-feira, 25 de agosto de 2010

A história do Nordeste: voz de Luiz Gonzaga


Durante a história da música popular brasileira, vem os ritmos do longínquo nordeste ganhando foros de civilização, deixando as rústicas cabanas de taipa – onde é dançada no chão de barro batido, à luz bruxoleante de fumacentos lampiões – para ascender aos mais aristocráticos ambientes.

Todavia, há um fato importante a observar, a popularidade da música nordestina (côco, rojão, frevo, baião, etc.) se deve a um sanfoneiro, um músico e compositor que fez escola. Trata-se evidentemente, de Luiz Gonzaga, carinhosamente apelidado de “Lua”.

Luiz Gonzaga aproveitou motivos de sua terra e incorporou-se em luzentes composições musicais representados neste álbum. Gravado pela RCA Victor esse LP de 8 polegadas apresenta oito números bem representativos da literatura musical nordestina, seis dos quais de co-autoria do próprio Gonzaga. (Texto e disco enviados pelo DJ RICK)

A história do nordeste – Na voz de Luiz Gonzaga
RCA Victor

01 – Paraíba (Humberto Teixeira – Luiz Gonzaga)
02 – Respeita Januário (Humberto Teixeira – Luiz Gonzaga)
03 – Saudade de Pernambuco (Sebastião Rosendo – Salvador Miceli)
04 – O Xote das Meninas (Zé Dantas – Luiz Gonzaga)
05 – O ABC do Sertão (Zé Dantas – Luiz Gonzaga)
06 – Acauã (Zé Dantas)
07 – Algodão (Zé Dantas – Luiz Gonzaga)
08 – Asa Branca (Humberto Teixeira – Luiz Gonzaga)

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Força, emoção e raça do Nordeste: Vaquejada


Força, emoção e raça do Nordeste: Vaquejada

A Vaquejada é um esporte tipicamente nordestino, que une pessoas dos mais variados lugares e com diferentes costumes, para enfim, enriquecer a cultura do Nordeste brasileiro.

A festa de vaquejada é sinônimo de cavalo bom, boi na faixa, mulher bonita, forró no pé e muita festa que só acaba no clarear do dia.

Foi pensando na alegria do vaqueiro e do povo nordestino, quando em festa de vaquejada, que foi composto imagine só até hino em sua homenagem.

Esta é a alegria e a sina de todo bom nordestino...

Curiosidades acerca do tema:

Os cavalos demonstram seus sentimentos através da posição de suas orelhas: Quando as duas estão para traz, significa que ele está com raiva ou com muito medo; quando estão para frente, que dizer que ele está atento; quando estão alternadas para uma frente e outra para traz, quer dizer que ele está procurando entender algo que não está claro.

Vaquejada como esporte

A vaquejada está bem perto de ser considerada um esporte, pois há no congresso nacional um Projeto de Lei, nº 249, de 03 de março de 1998, que considera que a vaquejada uma "prática desportiva formal... um espetáculo de crescente importância econômica, turística e cultural, muito popular em diversas regiões do País".

Empresários de todo o País vêem o evento como um grande e próspero negócio. As vaquejadas são consideradas "Grandes Eventos Populares" deixando de ser uma simples manifestação Cultural Nordestina, e atraindo um excelente público onde quer que aconteçam.

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Jumento do Sertão nordestino

O nordestino não vive sem o jegue, principal montaria e animal de carga do Sertão.

Qualquer reportagem sobre jumento no Brasil tem que começar no Nordeste. É a única região brasileira onde esse animal faz parte da paisagem.
O jumento nordestino, vulgarmente chamado de jegue no Nordeste brasileiro, é um dos animais que maiores serviços tem prestado naquela região, onde foi introduzido ha mais de quatrocentos anos, e onde é utilizado no trabalho e no transporte junto a populações carentes. Mesmo tão útil, está praticamente extinto, tendo sofrido uma redução de seu rebanho, entre 1967 e 1981, de 75%. De lá para cá a população vem diminuindo ano a ano, principalmente desde que diversos matadouros se estabeleceram naquela região, realizando abate indiscriminado com a finalidade de exportar sua carne para o preparo de rações para animais de estimação.

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Pega de boi no mato

Pega de boi no mato em solo nordestino

A cultura dos vaqueiros e do sertão é sempre resgatada nos fins de semanas.

"A pega de boi mostra a braveza do homem nordestino que se embrenha em seus cavalos dentro da caatinga enfrentando os espinhos da jurema e xiquexique para dominar o boi valente".

Diferente da vaquejada tradicional que nós conhecemos, onde o boi corre numa arena demarcada perseguido por uma dupla de cavaleiros, a Pega do boi no mato acontece no meio da vegetação caatingueira, com os vaqueiros vestidos com suas roupas de couro, se embrenhando em meio a espinhos de juremas e xique-xique, em cima dos seus cavalos para pegar o boi, demonstrando muita coragem e valentia.

A Pega do boi no mato é uma grande festa em homenagem ao sertanejo, ao homem do campo e acima de tudo, ao vaqueiro. Uma tradição que surgiu há muito tempo atrás quando não havia as cercas delimitando as fazendas de criação e o gado era criado solto na caatinga. Uma tradição quase esquecida pelos mais jovens, que mostra toda a valentia e perícia dos vaqueiros em meio a caatinga.

Para participar de alguns eventos desse porte, em alguns deles não existe cobrança de taxa para fazer inscrição. A premiação oferecida aos vaqueiros é feita com troféus e dinheiro. Muito desses eventos não tem fins lucrativos, não cobram inscrição e proporcionam aos vaqueiros e os voluntários que trabalham durante o evento, alimentação, água, estábulo para cavalos, currais para o gado, ração animal. Além disso, outros detalhes como carro de som, tratadores, veterinário, banheiros públicos, estrutura de bar, forró pé de serra, barracas, repentistas e aboiadores, fazem parte da infra-estrutura desse grande evento.

quarta-feira, 28 de julho de 2010

As Rezadeiras: caiu a espinhela? procure por elas!


"Lenços giram no ar limpando o pó/ que cai agora e sempre/As Rezadeiras Rogam ao Tempo/ o Tempo e Maré não esperam por ninguém"

Rezadeiras (um poema), de Claudia Puget.

É um ambiente de fé e de luz a casa de uma rezadeira. Quem já procurou alguma para se benzer sabe do calor humano que se pode sentir ao estar diante de uma das figuras mais mágicas e singulares da cultura popular brasileira. O olhar, o acolhimento, as vibrações positivas, o sentimento de proteção, são coisas que enchem nossa alma de felicidade. Numa casa simples, na esquina ali na frente, numa casa no morro ou na baixada, em uma cidadezinha de inteiror, em uma estrada na roça, em um lugar singular é sempre possível encontrar alguém com o dom da reza e da cura. São rezadeiras, curandeiras (os), benzedeiras, rezadores, pessoas que dedicam grande parte do seu tempo para simplesmente ajudar os outros.

Mas, como bem diz o poema "Rezadeiras”, de Claudia Puget, o tempo não espera por ninguém. E, com o passar do tempo, as rezadeiras têm sido menos procuradas e, também, já não se encontram tantas rezadeiras por aí, como nos tempos da minha avó. Ou das minhas avós, já que ambas são rezadeiras.

Para falar deste tema aqui, fui à busca de conhecidas rezadeiras. Na cidade, mesmo sem nenhum registro oficial do número de pessoas que rezam, e mesmo já não tendo tantas rezadeias como antigamente - algumas já faleceram -, ainda é possível encontrar senhoras conhecidas por livrar muita gente de males que às vezes a medicina oficial desconhece. E o que não faltam são notícias de gente que só conseguiu alcançar sua graça (seja ela a cura de uma doença ou mesmo a recuperação de algum objeto perdido) por meio da bênção de uma rezadeira.

O que se reza com mais freqüência é "espinhela caída", que, segundo algumas rezadeiras, trata-se de uma dor no estômago, provocada pelo deslocamento de uma nervura, ou cartilagem, localizada na "boca do estômago" - saída do esôfago para o estômago.

Para os males, rezas e ervas medicinaisAlém da espinhela caída, os males mais comuns curados pelas rezadeias são o mal olhado, o vento virado, cobreiro, íngua, quebranto, torção muscular (destroncado), ,erisipela (vermelhão na perna, resultante de uma infecção causada pela bactéria estreptococos) e mal de simioto.

Os chás e banhos de ervas medicianais também são, muitas vezes, receitados. As ervas podem ser benzidas, o que torna sua eficácia ainda maior. Um emplasto com sumo folhas de saião com sal é tiro e queda para destroncado; também pode-se tomar o sumo da erva que age como antiinflamatório. O chá de rosa branca é ótimo para o útero e doenças relacionadas a essa parte do corpo da mulher. O chá de erva-doce é recomendado para espinhela caída e age, também, como calmante.

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Literatura de Cordel


Literatura de cordel ou cartilha com rima

A literatura de cordel surgiu na metade do século 19, no Nordeste, para relatar ao sertanejo iletrado os mitos da cultura local e de fora, de forma épica, cantante e fácil de decorar por quem não sabia ler. Os poemas eram publicados em folhetos e, normalmente, ilustrados com xilogravura. Os cordelistas recitavam esses versos de forma melodiosa e cadenciada, acompanhados de viola, como também faziam leituras ou declamações muito empolgadas e animadas para conquistar os possíveis compradores.

A literatura de cordel nordestina é uma manifestação da cultura popular tradicional, também chamada de folheto ou romance. Nascida no interior do nordeste, espalhou-se por todo o país, pelo processo migratório do sertanejo-nordestino. De conteúdo muito diverso, essa literatura oral que abrange inúmeras modalidades, comemorou cem anos no Brasil. O folheto é a forma tradicional de impressão. As capas, geralmente são feitas em xilogravura.

É uma difícil tarefa classificar os temas do cordel, devida à grande quantidade e variedade de assuntos abordados pelos poetas populares. Os temas envolvem histórias fantásticas, fatos jornalísticos, etc. Praticamente qualquer assunto pode virar versos nas mãos de um poeta habilidoso.

O cordel só toma vida quando dito. E que seja sempre bem dito. Falado, cantado ou interpretado, não importa. Diga um verso de cordel e comprove. É impossível ler um cordel em “voz baixa”. Solte a voz, a emoção e o corpo. A literatura de cordel foi muito vendida em feiras do interior do nordeste. Claro que o poeta deveria utilizar de muita expressão e energia para fazer com que sua história ficasse muito interessante para convencer seu público a comprar seu folheto.

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Que tal uma Caipirinha?


Sabor do Nordeste...

A cachaça, aguardente de cana ou pinga é uma bebida alcoólica tipicamente brasileira. Seu nome pode ter sido originado da velha língua ibérica – cachaza – significando vinho de borra, um vinho inferior bebido em Portugal e Espanha, ou ainda, de “cachaço”, o porco, e seu feminino “cachaça”, a porca. Isso porque a carne dos porcos selvagens, encontrados nas matas do Nordeste – os chamados catitus – era muito dura e a cachaça usada para amolecê-la.

Obtida da fermentação da cana-de-açúcar e sua posterior destilação, usada como coquetel da mundialmente conhecida Caipirinha. A diferença básica entre a aguardente de cana e a cachaça está na origem da matéria-prima. Enquanto a aguardente de cana é feita diretamente a partir do destilado da cana, a cachaça é feita a partir do melaço resultante da produção do açúcar de cana.

A cana-de-açúcar, elemento básico para a obtenção, através da fermentação, de vários tipos de álcool, entre eles o etílico, é uma planta pertencente à família das gramíneas (Saccharum officinarum) originária da Ásia, onde o seu cultivo tem registro desde os tempos mais remotos da história.

Vamos lá tomar uma caipirinha. Que tal?… Um gole e um gole … outro mais… mas não exagere, porque cachaça é «água que passarinho não bebe»!

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Baião-de-dois

Coisa de nordestino...
Baião-de-Dois é um prato típico da região Nordeste do Brasil, oriundo do Estado do Ceará. Consiste num preparado de arroz e feijão, de preferência o feijão verde ou feijão novo. É frequente adicionar-se carne-seca (charque).

O termo baião, que deu origem ao nome do prato, designa uma dança típica do nordeste, por sua vez derivada de uma forma de lundu, chamada "baiano".
A origem do termo ganhou popularidade com a música Baião de Dois, parceria do compositor cearense Humberto Teixeira com o "Rei do Baião", o pernambucano Luís Gonzaga, na metade do século XX.

A origem cearense do prato é atestada também pelo folclorista Câmara Cascudo, citando como referência a obra de 1940, Liceu Cearense, de Gustavo Barroso.

O baião, por ser uma mistura de dois elementos da culinária brasileira apreciados e de fácil acesso, o arroz e o feijão, é muito comum em áreas rurais do Nordeste. É possível perceber que ele é feito principalmente à noite para que seja aproveitado o restante do feijão cozido durante o dia.

Modo de preparo

Para fazê-lo, deve-se cozinhar o arroz cru em água, com feijão já cozido e demais temperos como cebola, tomate, pimentão e especiarias como o coentro. Queijo e leite costumam também ser adicionados.

Em Pernambuco, é conhecido como rubacão[carece de fontes]. No sertão nordestino, principalmente, é bastante apreciado.

quarta-feira, 30 de junho de 2010

Legado nordestino parte 2

Literatura de Cordel

O Nordeste é arretado /no mundo não tem igual - ISMAEL GAIÃO DA COSTA

Eu sou filho do nordeste
Aqui é o meu lugar
Não me canso de falar
Que sou um cabra da peste
O orgulho me reveste
De estima pessoal
Mexe meu emocional
Falar do solo amado
O Nordeste é arretado
No mundo não tem igual

Quer conhecer terra boa
Venha curtir o Nordeste
Tem coisas que só a peste
Agrada qualquer pessoa
Aqui você não enjoa
De curtir o litoral
Se for brincar carnaval
Vai ficar emocionado
O Nordeste é arretado
No mundo não tem igual

"preservando os direitos autorais,
colocamos apenas a 1ª folha do cordel."

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Legado nordestino


Raizes culturais do Nordeste do Brasil

Dos Portugueses, Africanos, Holandeses e Indígenas herdamos os mitos, paisagens e memórias que lhe são específicos e próprios, este legado adquire um caráter regional que faz o Nordeste se perceber e se apresentar como “nordestino”.

O Nordeste se espalha sem que isso implique que seus artistas recusem o cotidiano habitado em favor de outros códigos criados em outros espaços.

Sem abrir mão de rendas de bilros e de maracatus, a idéia do que é ser nordestino é agora tecida sobre um delicado e complexo mapa de influências recíprocas e de negociações com outras culturas.

Essa construção identitária é citada por Gilberto Freyre (no Livro do Nordeste 1925) que fixa a região como berço da nacionalidade brasileira, guardiã das raízes e tradições culturais da nação.

Seria então uma apresentação do ser “brasileiro”, uma imagem reconhecida de aspecto global.

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Nordestino e sertanejo


Nordestino e sertanejo

Os nordestinos desse país deveriam ganhar um prêmio por sua força de vontade, acredito eu que esse povo é um exemplo de superação para qualquer grupo cultural do mundo, o que o nordestino tem não pode nem ser classificado como perseverança, é mais que isso, esse povo tem correndo em suas veias um sangue diferente do normal, não consigo entender como que esse sertanejo consegue permanecer na sua terrinha, deve ser realmente muito difícil, passam-se anos para dar uma chuva e quando tem uma é mais do que o esperado e acaba alagando quase que toda uma região, o mais interessante disso tudo é a devoção dos mesmos a Deus, mais precisamente a igreja católica, já que mesmo que rezem mais que o mundo inteiro junto nada dá certo para eles, uma coisa também interessante de ressaltar é que muitos nordestino saem de sua terra para tentar a vida nas grandes metrópoles brasileiras, mas nunca se esquecem de sua terra e o maior sonho desses retirantes geralmente e conseguir voltar com dinheiro no bolso para o sertão, mas raramente isso ocorre, deixo aqui um parabéns a esse povo e um desejo de melhoras a essa região.

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Cultura popular em versos


A nossa cultura popular

A Cultura possui bens inigualáveis,
Arraigados com valores infinitos...
Nosso nobre Populário e seus ritos
Representam expoentes mais louváveis!

Suas celebrações inesgotáveis,
Seus cordéis, cantorias e os mitos...
Suas lendas, seus fabulosos ditos,
As canções, de movimentos notáveis,

São os pilares criativos, a raiz
Da memória genuína do país,
Cultuada pela nossa tradição.

E tudo é sabedoria de um povo;
Flama ardente emanada do renovo
Que habita nosso espírito em profusão!

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Cultura popular


Cultura popular pode ser definida como qualquer manifestação cultural em que o povo produz e participa de forma ativa.
Abrange inúmeras áreas de conhecimento: crenças, artes, moral, linguagem, idéias, hábitos, tradições, usos e costumes, artesanato, folclore, dentre outros...
Surge das tradições e costumes e é transmitida de geração para geração, principalmente, de forma oral.
Exemplos de manifestações da cultura popular: carnaval, danças e festas folclóricas, literatura de cordel, provérbios, samba, frevo, capoeira, artesanato, cantigas de roda, contos e fábulas, lendas urbanas, superstições.
A cultura popular está constantemente mudando e é específica quanto ao local e ao tempo.Contudo os brasileiros estão desprezando a cultura nacional e supervalorizando a cultura estrangeira.
É possível perceber essa preferência na escolha das roupas, nos gostos musicais e ate mesmo na culinária. Estamos assim, jogando no lixo um magnífico tesouro que enobrece a alma do nosso país, encanta e alimenta a memória viva da nação.

quarta-feira, 26 de maio de 2010

Tradição das feiras livres resiste

Diversidades de cores nas frutas

Confecção popular

o vai e vem das pessoas


produtos em abundancia para escolha

E acontece no bairro de Primavera em Arapiraca aos domingos

No lugar do ar-condicionado e dos refrigeradores de última geração dos supermercados, bancas de madeira cobertas com lona montadas em praças ou ruas. A tradição das feiras livres que acontecem em quase todos os dias em alguns dos diversos bairros de Arapiraca resiste à modernidade e mantém sua clientela fiel.

O público das feiras é composto em sua maioria por donas-de-casa e aposentados, já que fazer compras nestes locais requer mais disponibilidade de tempo do que em supermercados. “Na feira fica tudo longe e é mais difícil encontrar os produtos. Além disso, cada feirante tem um preço, é preciso pesquisar antes de comprar”, avalia uma moradora aposentada que gasta cerca de duas horas para comprar frutas e verduras na feira do Bairro de Primavera que acontece aos domingos, onde mora. “Compro nos dois lugares; na feira e no supermercado, mas prefiro o clima informal da feira, que acaba sendo um ponto de encontro para os amigos, onde colocamos as fofocas em dia sem pressa”.

No ramo há 40 anos, um feirante que conversei revelou que sustenta nove pessoas com o dinheiro que ganha vendendo ovos, goma e carimã (massa azeda de mandioca). Ele revela ainda que a clientela das feiras vem diminuindo com o tempo, mas “ainda está dando para tirar o suficiente para viver”.

No espaço em que a feira é realizada, todas as barracas ainda não são padronizadas, na sua maioria são cobertas com lonas ou plásticos e no quesito comodidade estar bem longe de atender com conforto aquelas pessoas que pra lá se dirigem em busca da tradição que a feira livre oferece.

Podemos encontrar ainda um grande comercio de mercadorias diversas desde vestuário e utensílios domésticos, alimentação, material para o trabalho no campo, animais, ervas medicinais, móveis, ferragens, brinquedos e diversos outros materiais alguns vendidos em barracas cobertas por lonas e outros pelo chão que se espalham pelas ruas do bairro.

Quem sabe a manifestação cultural mais antiga e de maior importância de nossa região a feira livre consiga permanecer ainda por muito tempo.

quarta-feira, 19 de maio de 2010

O Sertão em movimento: a fé do homem nordestino

Cenas típicas vistas em toda região Nordeste - a religiosidade em evidência.
O Nordeste brasileiro, região em que os problemas sociais seculares ainda são gritantes, especialmente na faixa do semi-árido, onde o ciclo das estiagens tantos transtornos causam à sua população, se notabiliza por uma característica forte, a religião, sentimento espiritual que enche a alma do povo humilde de confiança de que virão dias melhores.

“O sertanejo é, antes de tudo, um forte.” A frase é de Euclides da Cunha, autor de “Os Sertões” (1982).

A referência é feita ao indivíduo que vive na zona do semiárido, esta compreende mais da metade do Nordeste. Contudo, sua significância se estende a todos os nordestinos, desde os litorais aos campos. São cerca de 52 mil habitantes na região que possui o maior número de estados do Brasil (Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Piauí, Pernambuco, Rio Grande do Norte e Sergipe).

Paisagens paradisíacas, patrimônios históricos da humanidade e riquezas culturais justificam o destaque nos pacotes turísticos, nacionais e internacionais, desta área que ocupa 18% do Brasil, o que representa bem o fato de ser considerado, por especialistas, “um país de contrastes”. Isto ocorre porque pobreza extrema e luxo dividem áreas de cidades como Salvador e Recife.

O entusiasmo dos nordestinos pode ser observado desde as manifestações religiosas e festivas até o enfrentamento das dificuldades impostas pela escassez de renda e pelos períodos de estiagem, no que se refere à zona rural.

Assim, quando esta força é canalizada na direção de Deus, milagres para essas pessoas tornam-se realidade.

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Sertão!!!!

O Sertão em movimento - Retrato da pobreza nordestina

... e o Sertão

No interior do país, nas vastas áreas do sertão, fatores históricos, sociais e econômicos, aliados às características de clima e vegetação, determinam fortes contrastes na paisagem nordestina e no nível de vida da população. Entre os aspectos de natureza físico-geográfica típicos da região, o fenômeno das secas constitui verdadeiro flagelo, responsável pelo permanente êxodo dos sertanejos.


Sertão é uma região geográfica caracterizada pela presença de clima semi-árido, vegetação de caatinga, irregularidade de chuvas, solos secos e rios intermitentes ou temporários. O sertão nordestino compreende as áreas mais secas e distantes do litoral leste do Brasil, situadas nos estados do Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe e Bahia. Apenas no Ceará e no Rio Grande do Norte o sertão chega até o litoral. O chamado Polígono das Secas totaliza 936.933km2.


O sertão do Nordeste apresenta três formações típicas:

1- amplas superfícies aplainadas, drenadas ao norte pelos rios Aracaju, Jaguaribe, Apodi e Açu, e a leste pelo São Francisco, o único rio perene da região;
2- maciços cristalinos, cujos esporões mais ocidentais são os da Borborema e das serras de Maranguape e Baturité;
3- chapadas sedimentares, como as de Ibiapaba, do Araripe e do Apodi. Apresenta clima semi-árido, com estação chuvosa no verão, mas há amplas áreas onde predomina o clima tropical chuvoso, com inverno seco. Em alguns trechos, a taxa pluviométrica anual é inferior a 500mm, sucedendo-se, às vezes, vários anos de estiagem. As prolongadas secas determinam a emigração da população pobre.


As superfícies aplainadas são, em geral, cobertas por caatingas, formação vegetal onde predominam arbustos de folhas decíduas; são também abundantes as cactáceas e as bromeliáceas. Nos brejos onde há água durante todo o ano, localizados ora em trechos altos e expostos aos ventos úmidos de sudeste, como a serra Negra, em Pernambuco, ora ao sopé das baixadas sedimentares, como o vale do Cariri, no Ceará, dominavam densas formações florestais, hoje substituídas por culturas de mandioca, cana-de-açúcar e árvores frutíferas. Nas amplas várzeas de solos aluviais, situados nos baixos cursos dos rios que deságuam na costa, proliferam densos carnaubais. Nos espaços vazios existentes praticam-se lavouras de subsistência, enquanto nos tabuleiros cria-se gado bovino.


A densidade demográfica no sertão nordestino é baixa e varia de 5 a 25 habitantes por quilômetro quadrado. Grandes propriedades aí se localizam, quase todas dedicadas à pecuária extensiva e à agricultura.

quarta-feira, 5 de maio de 2010

E o sertão?

A natureza já demonstrou que é possível viver bem nessa região, desde que se estabeleça uma harmoniosa e práticas adaptadas a esse ecossistema.

Nordeste, secas e sertão

O Sertão nordestino é uma região de domínio do clima semi-árido, com vegetação de caatinga, destacando-se a pecuária extensiva de corte, com baixo rendimento.

Cultiva-se o algodão no Ceará e na Paraíba; nos vales secos dos rios é praticada a cultura de vazante. O Sertão possui significativas áreas mineradoras, tais como: Jaguarari (BA), produtora de cobre; Brumado (BA), produtora de magnesita.

A área do Polígono das Secas tem um índice pluviométrico variável de 300 a 800 mm/ano. Essa condição é agravada pela elevada média térmica, que contribui para a grande evaporação, a qual, somada à grande irregularidade na distribuição das chuvas, explica a semi-aridez da região.

A falta de chuvas regulares no Nordeste resulta de três fenômenos, segundo técnicos do INPE: a temperatura da água do Oceano Atlântico, o fenômeno El Niño, no Pacífico, e a pouca umidade atmosférica.

Segundo técnicos do INPE e cientistas da USP, a região atingida pelas secas é muito menor do que a delimitada pela Sudene. Na verdade, há uma “indústria da seca” exagerada para atrair verbas federais.

A seca no Nordeste é um problema sócio-político e não climático, pois já existe tecnologia capaz de garantir o sucesso da atividade agropecuária em regiões semi-áridas. Mas o que se criou foi uma indústria da seca que traz lucros aos grandes proprietários, em detrimento da grande massa da população.

A situação de pobreza do Nordeste é ainda agravada pela alta natalidade e pela concentração fundiária.
a falda de água é constante em alguns lugares

quarta-feira, 28 de abril de 2010

Rumo a geografia nordestina sertaneja

A diversidade regional é presente em todo o Nordeste

Região com cultura, sabor, cores, sons e traços marcantes. Terra de um povo forte, trabalhador e esperançoso, do cordel e cangaceiros.

Diferente do que a maioria das pessoas pensam, o sertão não é só miséria.Esta aqui é existente como em qualquer outro lugar.

O sertão brasileiro reserva uma extensa lista história, como o maior cangaceiro, Lampião; o famoso Luiz Gonzaga; o excelente cordelista Patativa do Assaré; a escultora de obras em barro Ana das Carrancas; além de ser o lugar das maiores inspirações mundial.

A região que estende-se desde o norte de Minas Gerais até quase toda a região Nordeste do Brasil caracteriza-se pelo predomínio do clima semi-árido, com ocasionais períodos de estiagem, contém belezas naturais exuberantes que não são encontradas em mais nenhum lugar do planeta.

O sertanejo não tem vergonha do que é ele se orgulha e batalha o máximo para permanecer em sua terra.

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Sertanejo um forte

Sertanejo como tipo humano da região Nordeste do Brasil

Este tipo de moradia ainda perdura em alguma parte do Nordeste

Acredito eu, que o sofrimento do sertanejo é a glória para o futuro, pois no presente este homem planta com tanta fé que não tem como este fruto ser amargo.

Acho eu, que triste são pessoas que não conhecem a historia do sertão e acatam um sofrimento que nunca viveram.

Enquanto o peão que ali vive, tem seu rosto de tristeza pela sua própria cultura, só que seu coração é rico da pura beleza que a terra seca lhe oferece.

Na vida as navalhas se apresentam de várias formas, mas todas cortam coma mesma lâmina só que na vida do sertanejo os cortes são mais profundos.

O corpo em exercício diário deixa a carne mais dura e o tempo que a lida ocupa faz com que esta dor não seja vista mas, as cicatrizes sim, estas são as provas de que um dia ele travou uma grande batalha, hoje é sobrevivente e tem uma grande historia para contar.

segunda-feira, 22 de março de 2010

Identidade Popular


A nossa idéia é funcionar como um grande arquivo virtual dos costumes, de identidade, da arte, da tradição, da história e das diversas conexões culturais de nossa região. Divulgando isso para o mundo inteiro ver ouvir ler e interagir.