quarta-feira, 21 de julho de 2010

Literatura de Cordel


Literatura de cordel ou cartilha com rima

A literatura de cordel surgiu na metade do século 19, no Nordeste, para relatar ao sertanejo iletrado os mitos da cultura local e de fora, de forma épica, cantante e fácil de decorar por quem não sabia ler. Os poemas eram publicados em folhetos e, normalmente, ilustrados com xilogravura. Os cordelistas recitavam esses versos de forma melodiosa e cadenciada, acompanhados de viola, como também faziam leituras ou declamações muito empolgadas e animadas para conquistar os possíveis compradores.

A literatura de cordel nordestina é uma manifestação da cultura popular tradicional, também chamada de folheto ou romance. Nascida no interior do nordeste, espalhou-se por todo o país, pelo processo migratório do sertanejo-nordestino. De conteúdo muito diverso, essa literatura oral que abrange inúmeras modalidades, comemorou cem anos no Brasil. O folheto é a forma tradicional de impressão. As capas, geralmente são feitas em xilogravura.

É uma difícil tarefa classificar os temas do cordel, devida à grande quantidade e variedade de assuntos abordados pelos poetas populares. Os temas envolvem histórias fantásticas, fatos jornalísticos, etc. Praticamente qualquer assunto pode virar versos nas mãos de um poeta habilidoso.

O cordel só toma vida quando dito. E que seja sempre bem dito. Falado, cantado ou interpretado, não importa. Diga um verso de cordel e comprove. É impossível ler um cordel em “voz baixa”. Solte a voz, a emoção e o corpo. A literatura de cordel foi muito vendida em feiras do interior do nordeste. Claro que o poeta deveria utilizar de muita expressão e energia para fazer com que sua história ficasse muito interessante para convencer seu público a comprar seu folheto.

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